terça-feira, 29 de dezembro de 2009

RESPOSTA DE UM MÉDICO

Carta do Dr. Aldo Pacinoto
Date: Thu, 4 Jun 2009 12:35:10 -0300 Subject:
CARTA ESTADÃO From: producao197 To: hlffilh

Prezado senhor Humberto. Sei perfeitamente que os leitores do jornal O Estado de S.Paulo são conserva­dores, muitas vezes reacionários, claramente de direita. Mas algumas car­tas chegam ao cúmulo do absurdo. Ontem um leitor disse que a culpa dos erros nas cartilhas do governo do se­nhor José Serra é culpa de algum "petista infiltrado" na Secretaria da Educação. Hoje, o senhor faz uma observação completamente equivocada. Não é apenas o presidente americano Obama que elogia o nosso presidente. Os elogios estão vindo de todos os continentes. É o presidente francês, é o presidente sul-africano, o premiê in­glês, finlandes, a alemã.

Só não vêem em Lula um grande líder pessoas preconceituosas que ainda o enxer­gam como um metalúrgico analfabeto. O senhor deve ser de classe média média ou alta. Pergunto: o que piorou em sua vida com o governo Lula? O que vai melhorar com o governo Serra? É claro que a classe média não quer enxergar em Lula um presi­dente que tem enfrentado crises econômicas internacionais como ninguém. O senhor lê a Economist? O El País? O Le Monde? Se ficar lendo apenas o Estadão e a Veja terá uma visão burguesa e centrada em críticas e mais críticas.

Radical. O senhor sabe o quanto o atual governo melhorou a vida dos menos favoreci­dos? O senhor não quer que ele melhore a vida dos mais pobres? Sou mé­dico, não sou petista, sou classe média até digamos alta. Tinha tudo para pensar como os lei­tores do Estadão, que mandam frases de efeito, às vezes engraçadi­nhas, que o jor­nal adora publicar. Mas, felizmente, penso exatamente ao contrário desses leito­res. Graças a Deus e ao meu pai, que me ensinou a olhar a vida sem radicalismos.

Atenciosamente.
ALDO PACINOTO
Curitiba
___________

RESPOSTA DO DR. HUMBERTO DE LUNA FREIRE FILHO
Date: Fri, 5 Jun 2009 01:54:52 +0000
From: hlffil To: producao1972@ Subject: RE: CARTA ESTADÃO

Prezado colega Aldo (Também sou médico - Neurocirurgião )

Antes de mais nada quero deixar claro que não sou eleitor do Sr.José Serra, sou apolítico, não filiado a nenhum partido, tenho nojo de politíca, e consequente­mente, de políticos, principalmente dos atuais. Sou a favor sim, dos princípios morais, mas, para meu desapontamento, isso transformou-se em fruta rara nos três Poderes da República no atual go­verno. Quero também informar ao colega que leio qualquer publicação e não só O Estado de S. Paulo e a Revista Veja, como também já viajei por meio mundo, portanto vou responder suas indagações com conhecimento, e o que é mais im­portante, com a independência de um profissional liberal não comprometido com governo nem com imprensa nem com igreja nem com sindicatos ou com quem quer que seja.

Quanto à sua pergunta sobre o que piorou na minha vida durante o governo Lula e as possíveis melhoras em um possível governo Serra, eu diria que não houve nem haverá nenhuma mudança. Nem eu quero que haja, porque de go­verno, qualquer que seja a tendência ideológica, eu só desejo uma coisa: DIS­TÂNCIA.

Não dependo nem nunca dependi de nenhum deles. Uma outra afirmativa sua é sobre a melhoria da vida dos mais pobres (por conta do bolsa família, ima­gino). Minha opinião é que bolsa família não é inclusão social, é esmola, mais pre­cisa­mente compra disfarçada de votos. O pobre não quer esmola, quer escolas, hos­pitais, ambulatórios que funcionem na realidade. Nos palanques eleitorais já foi dito até que a medicina pública brasileira está próxima da perfeição. Só que a cú­pula do governo, quando precisa de assistência médica, dirige-se ao Sirio-Libanês ou ao Hospital Israelita, e chega em São Paulo em jatos particulares. O colega, como médico, não deve ignorar essa realidade.

Na área rural, falta mão de obra porque o dito trabalhador rural virou para­sita do governo, e não mais trabalha. Para que trabalhar? eu fico em casa e no final do mês o governo me paga. Essa foi a frase que tive que engolir, não faz muito tempo, antes de abortar um projeto em minha propriedade rural, que empregaria pelo menos 50 pessoas. Quando optamos pela mecanização, vem um bando de sindicalistas hipócritas junto com a quadrilha do MST, diga-se de passagem foras da lei e baderneiros, financiados com dinheiro público, dizer que a máquina está tirando o emprego no campo.

Outro item a que você se refere é sobre a minha observação, completamente equivocada (equivocada na sua opinião), publicada hoje no jornal O Estado de S.Paulo. Pois é, aquela é a MINHA observação, e eu espero que o colega a respeite como eu respeitaria a sua, se lá estivesse publicada. E mais, se você quiser fazer um giro maior, saindo portanto, da esfera do Estadão e da Veja para fugir do con­servadorismo dos mesmos, (conservadorismo também opinião sua - respeito) , verá que existem muitas outras publicações minhas dentro do mesmo raciocínio, coerência, independência e coragem que tenho para falar o que quero, e assumir totalmente a responsabilidade pelo dito.

Colega, por favor, pesquise os seguintes jornais: Diário de Pernambuco (Recife-PE), Diário da Manhã (Goiânia-GO), Gazeta do Povo (Curitiba-PR) , O Dia (Rio de Janeiro-RJ), Jornal O Povo(Fortaleza-CE) e outros, além de dezenas de sites e blogs.

Agora faço a minha primeira pergunta: são todos conservadores e reacioná­rios? Não! são independentes. Não são parte da imprensa submissa e remunerada com dinheiro público, não fazem publicidade da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Economica Federal, do PAC, e o mais importante, não recebem ordens de Franklin Martins , (o Joseph Goebbels Tupiniquin), manipulador de informações, prestidigi­tador que usa o vulnerável substrato cultural brasileiro, para transformar câncer em voto.

E para encerrar, permita-me fazer mais essas perguntas: O The Economist, o El País,O Le Monde etc. informaram a opinião pública européia sobre as dezenas de escândalos financeiros e morais ocorridos no País nos últimos sete anos, e que permanecem impunes por pressão do grande lider e asseclas? Infor­maram que o Congresso Nacional está tomado por uma quadrilha manipulada pelo Executivo (80% envolvidos em algum tipo de delito) e que conseguiram extinguir a oposição? Informaram que a maior empresa brasileira é estatal e ao mesmo tempo usufruto do governo, e que o mesmo tenta desesperadamente blindá-la contra qualquer fiscalização? Informaram que 40% dos ministros e ex-ministros desse governo respondem a processos por malversação de dinheiro público?

Eu acho que os chefes de estados da Europa não sabem dessas particularida­des. Por muito menos estão rolando cabeças no Parlamento Britânico, e com uma grande diferença, o dinheiro lá desviado é devolvido aos cofres públi­cos; enquanto aqui parte é rateada; parte é para pagar bons advogados, e outra parte é incor­porada ao patrimônio do ladrão.

Casos exaustivamente comentados na imprensa vem ocorrendo há anos com pelo menos cinco indivíduos que hoje fazem parte ativa da base de sustentação do grande líder. Isso para não falar de coisas mais graves como os assassinatos dos prefeitos de Campinas e de Santo André, envolvendo verbas de campanha. Crimes esses nunca esclarecidos e cujos cadáveres permanecem até hoje no armário do PT. Portanto, ver Luiz Inácio Lula da Silva como um líder é querer forçar um pouco. Para mim, ele não passa de papagaio de pirata de Hugo Chavéz. Veja a sua última pérola: "O Brasil acha petróleo a 6 mil metros de pro­fundidade, por que não acha um avião a 2 mil". Isso não é pronunciamento de lí­der em um evento público envolvendo dezenas de chefes de estado. Isso cairia bem em reunião de sindicato ou em mesa de botequim. Caracteriza oportunismo vulgar.

Moro no Brasil, sei ler e não sinto azia quando leio. Não sou preconceituoso nem radical, modéstia a parte, sou esclarecido, e se combater corrupção é radica­lismo, aí sim, sou RADICAL, e estou pronto para qualquer coisa como todo nor­destino.. . de caráter.

Atenciosamente.
Humberto de Luna Freire Filho
São Paulo

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Nossa Missão Atender Pessoas

O homem público tem de atender ao público. É sua missão, está na essência da delegação que esse mesmo público lhe confere através do voto.

Quem me conhece sabe que faço do atendimento ao público a minha razão de existir como político. Atendo as pessoas e meu gabinete, atendo pelas ruas e praças, nos bares, na porta da igreja, nas canchas de bocha, em aeroportos, rodoviárias. Nunca virei às costas ou tratei com arrogância as pessoas que me procuram para apresentar-me um pedido ou uma reivindicação.

Sou franco, transparente. Mais do que isso, trato a todos com respeito, esforço-me para não deixar nenhuma pessoa na expectativa de uma resposta além do tempo necessário. Se puder ajudá-la, aviso; se não puder, aviso do mesmo jeito.

Trato também com atenção os pleitos que devem trazer empregos e fortalecer a economia de Santa Catarina. Aprendi, desde o início da minha carreira política, separar muito bem o lícito do ilícito, o regular do irregular, o legal do ilegal. Quem me conhece sabe muito bem que não adianta encaminhar-me pedidos ilícitos porque não serão atendidos.

Exerci o cargo de governador na ausência do titular em vários períodos durante os últimos três anos. Se a ética não regesse a minha conduta política, teria certamente aproveitado desses momentos para simplesmente determinar que a Secretaria da Fazenda mantivesse em vigor a inscrição da empresa Arrows, motivo atual de investigação e polêmica, mesmo não tendo ela regularizado sua situação fiscal. Como não agi assim, nem como vice e nem como governador, a inscrição da empresa foi cancelada e assim permanece.

Vou continuar atendendo pessoas, entidades e empresas dentro de minha missão político-administrativa, além de exercer as demais atividades inerentes ao cargo. Confio na verdade e na Justiça que em breve serão restabelecidas. Por enquanto, só posso lamentar que existam pessoas que não tenham compreendido ainda aspectos tão elementares e tão visíveis da minha militância política

Leonel Pavan
Vice Governador de Santa Catarina

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

NOTA OFICIAL DO GABINETE DO VICE-GOVERNADOR LEONEL PAVAN

Eu, Leonel Pavan, Vice-governador do Estado de Santa Catarina, em relação à manifestação do Ministério Público envolvendo minhas atividades de administrador público, venho esclarecer a sociedade catarinense o seguinte:
1-Tranqüilizo o povo do meu Estado que vou demonstrar de maneira clara e cabal minha total isenção em relação a qualquer fato que possa ser considerado ilegal. Farei isso pelos meios constitucionalmente assegurados exercitando plenamente meu direito de defesa.
2 – Não cometi ou permiti que fosse cometido, direta ou indiretamente, qualquer ato ilegal. Tanto no exercício do Poder Público, como nos atos da minha vida privada.
3 - Sou o maior interessado na apuração da verdade. Tudo farei para que haja clareza e rapidez, observando todos os rigores do devido processo legal e conduzido pelas instituições competentes, evitando-se a instrumentalização de procedimentos jurídicos como ferramenta de alcance político.
4- Atender pessoas e empresas é da essência da atividade político-administrativa, porém, de forma legal, como aconteceu, neste caso da empresa investigada. Não houve qualquer tipo de regalia ou vantagem, permanecendo a empresa em débito com o estado até hoje.
5- Não recebi qualquer tipo de proposta ou vantagem ilegal de quem quer que seja. Os fatos narrados ou comentados via imprensa, até agora, são puras ilações ou insinuações maldosas de quem poderia ter falado em diálogos a parte, mas nunca ocorridos comigo.
6- Em toda minha vida pública como vereador, prefeito, deputado federal, senador e vice-governador construí uma biografia de trabalho e de respeito à democracia e às liberdades. Minha luta neste momento, não é apenas para me defender das calúnias e acusações precipitadas, mas também para defender estas liberdades e o estado de direito para que estes não sejam atropelados.
7-Fui muitas vezes injustamente acusado, quase sempre em período eleitoral. Muitas destas acusações, sequer levadas a Justiça. E quando levadas, fui absolvido em todos os processos.
8 - Jamais sofri qualquer condenação. Vou continuar trabalhando, atendendo e marcando audiências, inaugurando obras, planejando o futuro para o povo catarinense que me concedeu mais este mandato, o qual saberei honrar até o fim. Mais uma vez, vou provar a minha inocência por que acredito na JUSTIÇA!
Leonel Pavan Vice-governador do Estado de Santa Catarina
Florianópolis, 15 de dezembro de 2009.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O aquecimento global e a floresta

Atento aos estudos sobre os impactos das mudanças climáticas globais, o geógrafo Aziz Ab'Sáber, 85, concorda com a tese de que o homem está aquecendo o planeta.

Mas, quando o assunto é o impacto da nova realidade climática nos biomas brasileiros, a tese do pesquisador contraria as previsões recentes dos cientistas.

"A tendência no caso das matas atlânticas e da Amazônia é que elas cresçam e não que sejam reduzidas", disse o pesquisador, em entrevista à Folha.

Para ele, a região conhecida como mata atlântica na verdade é formada por três biomas: as matas, o planalto das araucárias e as pradarias mistas, que ocorrem apenas no Sul.

O geógrafo afirma ser impossível o fato de um estudo apresentado no Rio de Janeiro no início da semana ter previsto que o aquecimento global poderá reduzir em até 60% a mata atlântica brasileira.

Para Ab'Sáber, muitos cientistas estão esquecendo de considerar as correntes marítimas brasileiras. "Elas vão continuar mais ou menos como hoje."

Se isso ocorrer, explica Ab'Sáber, o chamado ótimo climático, registrado entre 5.000 e 6.000 anos atrás, vai se repetir, não de causa natural, mas por causa antrópica.

"Quem não conhece o conceito de ótimo climático vai inverter a situação. Há 6.000 anos, a umidade mais alta nos mares foi fundamental para manter as florestas atlânticas."

Para Ab"Sáber, as causas que permitiram a "retropicalização" do Brasil depois do último período de glaciação serão apenas reforçadas agora.

"As correntes marítimas de água quente, na atualidade, migram até o sul do Brasil a partir da região equatorial. Desconsiderar isso implica errar tudo".

Além disso, segundo o geógrafo, é preciso que as pessoas "leiam o passado". Principalmente no intervalo de tempo que começou há 11 mil anos.

"É preciso saber que, quando o mar esteve 95 metros mais baixo do que é hoje, no último período de glaciação, a corrente fria que nós chamamos das Malvinas (ou de Falklands também, para não brigar com os cartógrafos), vinha até além da Bahia. Ela não deixava passar os ventos úmidos para dentro do continente. Climas frios se estabeleceram. Ela era uma barragem para penetração de ventos marítimos", ressalta.

Segundo Ab'Sáber, o fenômeno era a semelhante ao que ocorre hoje na costa do Pacífico, entre o Chile e o Peru. "Lá a corrente é fria e toda a região costeira é semidesértica."

Com o aumento do nível do mar -entre 5.000 e 6.000 anos ele esteve três metros acima do que está hoje-, a corrente quente chegou ao sul do Brasil, onde ainda está hoje.

"Ela levou consigo uma umidade que permitiu a formação de florestas costeiras até perto de Porto Alegre, que seguiu depois pela serra Gaúcha desde a cidade de Taquara até além da cidade de Santa Maria."

No caso da Amazônia, principalmente na região oriental, as previsões dos cientistas, segundo o professor da USP, também estão erradas.

"Todos falaram que a floresta vai diminuir e ganhar cerrado. O aquecimento global não vai destruir floresta. No máximo, vai haver uma nova delimitação nos bordos da Amazônia. Novos minibiomas vão entrar, até pode ser o cerrado. É certo que vamos continuar com grandes florestas a oeste, porque o regime de chuvas não será muito alterado."

Uma concordância com a maior parte dos estudos. Para o geógrafo da USP é realmente preciso ter cuidado com as zonas litorâneas, porque o mar de fato vai subir.


Eduardo Geraque
Folha de São Paulo
15/03/2007

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Meio Ambiente e Apagão Energético no Brasil

José Goldemberg

O físico José Goldemberg é um dos principais cientistas brasileiros especializado em produção de energia. Foi reitor da Universidade de São Paulo, secretário de meio ambiente do governo paulista e ministro da Educação. Em 2008, recebeu o Prêmio Planeta Azul, considerado o Nobel do Meio Ambiente. Nesta entrevista, ele discorre sobre o aumento de prestígio das energias renováveis no cenário mundial e faz uma avaliação sobre os rumos da política energética brasileira.

Atualmente 80% do consumo energético mundial é abastecido por combustíveis fósseis. É possível operar alterações necessárias na matriz energética mundial para minimizar o aquecimento global a curto, médio ou longo prazo?
A União Européia decidiu introduzir em sua matriz energética 20% de energias renováveis até 2020. Essa é a proposta mais realista que existe em andamento. Os Estados Unidos estão discutindo uma lei sobre esse assunto, foi aprovada na Câmara de Representantes, mas ainda precisa passar pelo Senado. Se for aprovada, terá mais ou menos o mesmo efeito da lei européia. Esse cenário traz boas sinalizações. O fato é que as tecnologias existem e já são competitivas. Algumas ainda apresentam elevado custo e não são atrativas para o mercado como, por exemplo, as instalações fotovoltaicas. Contudo, temos a tecnologia eólica e o etanol mostrando que há espaço. A decisão política que foi tomada pelos governos da União Européia e agora pelos EUA aumentará a escala de produção e com isso o preço deve cair.
Existem grupos que avaliam que até o ano de 2050 poderemos ter 50% de energia renovável. Porém, isso ainda representa muito tempo. As previsões para o ano 2020, na minha avaliação, são bastante realistas. A Dinamarca e Alemanha comprovam que essas tecnologias funcionam, pois se tornaram competitivas. Aqui no Brasil, alguns espalham rumores de que estas energias renováveis não são competitivas. Porém, se o são na Europa, porque entre nós seria diferente?

Como o Brasil pode aproveitar o cenário favorável às energias renováveis ganhar espaço nas negociações internacionais?
O Brasil pode comparecer em Copenhagen com uma posição, digamos, moralmente superior. Atualmente as energias renováveis são responsáveis pelo atendimento de 44% da energia consumida no país. Porém, o governo brasileiro precisa ir à Conferência das Partes com propostas firmes de redução das suas emissões. A única coisa que ele fez até agora foi declarar que reduziria o desmatamento na Amazônia. Mas é preciso que essa declaração esteja acompanhada de medidas governamentais e de uma manifestação unificada do governo. Comparecer à Dinamarca com propostas firmes e representativas do conjunto do governo seria um exemplo para outros países, como a China, Índia e Indonésia. Com isso, o Brasil poderia assumir posição de liderança.

Ao mesmo tempo em que o país busca essa liderança nas energias renováveis, elabora um Plano Decenal de Energia com ampliação de geração termelétrica. Como essas contradições podem refletir no desempenho do Brasil nas negociações?
Esse plano está na contra-mão e precisa ser reformulado. Caso contrário, o Brasil vai perder a oportunidade de aparecer bem em Copenhagen. Evidentemente outros governos e as organizações não-governamentais devem cobrar do país o motivo de decidir sujar sua matriz energética. Esse tipo de decisão do governo precisa ser revista já.

De acordo com o Ministério das Minas e Energias, o leilão com termelétricas é uma questão conjuntural, por falta de hidrelétricas licenciadas para suprir a demanda. Esse argumento é aceitável?
O governo se esforça, mas o que de fato acontece é que não existem estudos adequados de hidrologia para novas usinas hidrelétricas. Mais uma vez, problemas no planejamento. O Brasil só explorou até hoje 35% do seu potencial hidrelétrico. Ainda tem 65% para explorar, mas é preciso que o governo trabalhe mais e faça os levantamentos para que as usinas hidrelétricas possam ser licitadas.

O investimento em energia nuclear também deve ser ponto de cobrança?
Acredito que até agora não, pois o governo não tomou nenhuma decisão comprometedora. Claro que Angra 3 deve ser alvo de grandes reclamações. Mas se o governo fizer o lançamento de um grande programa nuclear, isso naturalmente repercutiria extremamente mal.
É preciso que o governo entenda que a energia nuclear vai contribuir muito pouco para os problemas de energia do Brasil e não há necessidade de seguir nessa direção. Quando Angra 3 resolver ficar pronta, vai produzir aproximadamente 1 milhão de quilowatts. Isso é cinco vezes menos do que deve produzir a usina hidrelétrica do Rio Madeira. E é também cinco vezes menos do que a energia que será produzida em São Paulo queimando bagaço de cana, que é renovável. Embarcar no caminho da energia nuclear traz controvérsias, tem um custo muito elevado e destoa do rumo que seria mais interessante para o Brasil.

A exploração do pré-sal tem um custo muito elevado. Isso pode barrar os investimentos em energias renováveis?
O pré-sal claramente é uma sinalização equivocada. Algumas autoridades brasileiras, ligadas à Petrobras, avaliam que o Brasil pode se transformar em um grande país petrolífero, numa época em que toda a indústria do petróleo está sob vigilância cerrada dos ambientalistas e quando há a necessidade de mudar para um modelo menos carbono intensivo. Além disso, esse assunto ainda está no campo da hipótese. O pré-sal não produzirá nenhum petróleo antes de dez anos. De modo que existem questões mais urgentes a serem resolvidas antes – ou seja, se deve investir em renováveis prioritariamente.
Outro aspecto é o alto custo da exploração do petróleo. Há pouco tempo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, declarou que irá exigir que a exploração do petróleo do pré-sal tenha compensações ambientais. Ou seja, as emissões resultantes da exploração do pré-sal deverão ser compensadas por meio de outras medidas, como por exemplo, a captura de carbono. O problema é isso pode encarecer mais ainda o petróleo do pré-sal.

Ainda há risco de apagão no Brasil?
Havia até o ano passado, mas como choveu bastante e o risco de apagão foi afastado. Porém, é preciso tomar medidas estruturais, pois a única maneira de proteger o Brasil de futuros apagões é construir usinas hidrelétricas com reservatórios de água, o que deixou de ser feito há muito tempo. Então, não existe um pulmão que garanta a segurança energética na ausência de chuvas.

A ausência desse pulmão mostra que o planejamento estratégico na área de energia ainda é falho?
Na minha opinião é muito falho. Outro exemplo de falha de planejamento foi a decisão tomada pelo governo de realizar os leilões de energia termelétrica a carvão e óleo combustível. Essa opção é desastrosa para a matriz energética brasileira. É o resultado da orientação que o governo tem dado a essa questão e que precisa mudar rapidamente.

Publicado por:
Mudanças Climáticas

domingo, 27 de setembro de 2009

O hóspede espaçoso e a ambaixada em risco

Antonio Carlos Pannunzio

Quando o governante de um país é deposto pela força das armas, não é incomum que aqueles que integravam suas instâncias mais elevadas e seus partidários mais notórios busquem refúgio numa embaixada. Acolhidos, lá permanecem à espera de uma solução que lhes permita deixar o país em segurança.

Ocorrido o golpe de 1964, a embaixada da Iugoslávia, uma das poucas que à época já haviam se instalado em Brasília, abrigou dezenas de personalidades do governo João Goulart e outras lideranças de esquerda, até que o destino de cada uma delas face à nova situação se decidisse.

Anos mais tarde, a derrubada do governo de Salvador Allende, no Chile, igualmente forçaria brasileiros a buscarem refúgio em embaixadas de Santiago, até que pudessem deixar o país andino sem sofrerem represálias da polícia do general Pinochet.

Em nenhum desses parâmetros se encaixa a situação instaurada na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, desde que nela solicitou hospedagem o presidente Manoel Zelaya. Aquela instalação diplomática, considerada parte do território brasileiro, foi alvo de ataques indiretos, inclusive do corte de energia elétrica, do fornecimento de água e de linhas telefônicas, fatos incomuns em episódios dessa natureza.

Nada justifica tais procedimentos, mas é possível entendê-los se levamos em conta a situação incomum do acolhido e a desinibição com que ali vem se conduzindo. Acompanhado por cerca de 60 seguidores, amigos e familiares, Zelaya fez de um espaço, em que deveria guardar silêncio, um enclave protegido a partir do qual dirige incitamentos aos hondurenhos que o apóiam e provações aos adversários que o afastaram do poder em junho.

Não vem ao caso recapitular os muitos complicadores que precederam o golpe hondurenho, nem os atos de repudio àquele incidente, ocorridos tanto no âmbito da OEA quanto da ONU.

Enquanto cidadão de Honduras e presidente deposto, Zelaya tem todo o direito de esforçar-se para retomar o governo. Mas não pode fazê-lo usando como base algum país vizinho ou, pior ainda, a embaixada do Brasil.

Tegucigalpa, a capital hondurenha, acha-se relativamente distante das fronteiras do país. O fato de que o presidente deposto tenha conseguido chegar lá, acompanhado de algumas dezenas de seguidores, sem sofrer constrangimento, indica que tem apoio de uma parte de seus concidadãos e, também, que o país está profundamente dividido em face da interrupção de seu mandato.

Quando, de volta à capital, ameaçado pelos partidários do governo golpista, entrou na Embaixada do Brasil, protegida por um único vigilante contratado, e ali solicitou hospedagem, a diplomacia brasileira, fiel aos princípios humanitários, não tinha como negar acolhida àqueles cidadãos cuja liberdade e integridade física corria evidente perigo.

O inadmissível é que o presidente deposto, uma vez recebido pelo Brasil, use as acomodações a ele concedidas como se fossem seu escritório. Coerente com a postura brasileira de condenação aos golpes e aos golpistas, nosso governo pode e deve desenvolver, no plano internacional, iniciativas para restabelecer a ordem jurídica em Honduras.

Lastimável é que, em paralelo, não tenha ainda despachado para aquele país um diplomata do mais alto nível e sólida experiência, para lidar com um episódio insólito. Os desdobramentos deste, como estamos vendo, ameaçam inclusive a integridade física dos funcionários e hospedes de uma embaixada que, concretamente, não temos como proteger.

(*) Deputado federal, membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, ex-líder de bancada e ex-presidente do Diretório Estadual do PSDB/SP.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

AGENDA VERDE EM SANTA CATARINA

ENERGIA ALTERNATIVA - No encerramento oficial da missão catarinense a Espanha , em Madri , ontem, terça, o vice-governador Leonel Pavan e comitiva foi recebido para uma reunião almoço com embaixador do Brasil Paulo Cesar de Oliveira e sua equipe administrativa. Participou ainda o ex-deputado federal Mauro Passos, atual presidente do Instituto Ideal IDEAL que busca o desenvolvimentro de energias alternativas em Santa Catarina e America Latina. Passos fez uma palestra em Madri, sobre Energias Renováveis e Oportunidades de Negócios no Brasil.Vale lembrar que, na geração eólica, a Espanha é um dos países mais avançados atualmente e caminha para ampliação de sua matriz renovável com filiais de suas empresas em vários países. Santa Catarina , o Brasil e a América Latina estão sendo apresentadas como o "celeiro" das energias limpas nesse século.

Visita ao Senado Espanhol

O Vice-governador Leonel Pavan e os deputados estaduais Elizeu Mattos (PMDB), lider do governo na Assembleia, e Valmir Comin (PP) , além do secretário especial de Articulação Internacional, Vinicius Lummertz, antes de encerrarem a missão oficial a Espanha ontem, fizeram uma visita de cortesia ao Senado daquele país, em Madri, especialmente ao gabinete do legendário senador Manuel Fraga. Aos 86 anos, foi o fundador do Partido Popular , o PP espanhol, além de ter sido o mediador da redemocratização da Espanha após a era do ditador Franco. Dono de dezenas de mandatos eletivos, autor de 87 livros, e conhecido por ser o ministro da Informação e Turismo, na década de 60, época em que a Espanha se tornou numa das principais potências do setor no mundo, o galego Manuel Fraga falou sobre experiências no setor politico e do turismo. Recomendou prudência no atual processo de reforma eleitoral em trâmite no congresso brasileiro e disse que ela deverá estar adequada a realidade da sociedade atual ou se adequar de forma gradativa. O deputado Comin, do Partido Progressista, o PP catarinense, estava ansioso para tirar uma foto ao lado do lider e fundados do PP espanhol, considerado de centro esquerda.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reunião com o Senador Manuel Fraga

Vice-governador Leonel Pavan e os deputados estaduais Elizeu Mattos (PMDB) e Valmir Comin (PP) , além do secretário especial de Articulação Internacional tem reunião nesta terça-feira , no Senado da Espanha, em Madri, com o legendário senador Manuel Fraga. Aos 86 anos é dono de dezenas de mandatos eletivos e conhecido por ser o ministro da Informação e Turismo, na década de 60, época em que a Espanha se tornou numa das principais potências do turismo mundiais. Da região da Galicia e pertencente ao Partido Popular (PP), é autor ainda de mais de 87 livros. O encontro diplomático e para troca de experiencia no setor politico e do turismo.

PARCERIA DE SANTA CATARINA COM A UNIVERSIDADE DO REAL MADRI PARA GESTÃO ESPORTIVA

Uma parceria envolvendo o Governo de Santa Catarina e a Escola de Estudos Universitários Real Madri, que integra a estrutura da Universidade Europeia de Madri, vai permitir a formação e a pós -graduação de profissionais que atuam no setor público e privado em áreas ligadas a gestão integral do esporte, saúde e entretenimento. A reunião para definir o encaminhamento do processo aconteceu nesta segunda-feira, 14, na sede da Universidade Européia de Madri com a participação de uma comitiva catarinense coordenada pelo vice-governador Leonel Pavan e a direção acadêmica da instituição. “ Inicialmente a parceria vai acontecer por meio da destinação de bolsas de estudo para profissionais de áreas afins do governo, dos clubes esportivos de diversas modalidades e da federação de futebol enquanto se encaminha a implantação de uma unidade em Santa Catarina “ explica o vice-governador Leonel Pavan. O secretário especial de Articulação Internacional, Vinicius Lummertz Silva, acrescenta que a iniciativa é uma forma de encaminhar a profissionalização da gestão do setor esportivo no estado seguindo uma tendência mundial e trazendo novas perspectivas de movimentação econômica e renda. Os cursos de graduação e pós –graduação para os catarinenses que já atuam no setor poderão ser feitos por meio da Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo que já conta com uma unidade da Universidade de Estudos Universitários Real Madri. A instituição educacional espanhola foi criada há quatro anos através de parceria inédita com o Clube de Futebol Real Madri e tem vocação internacional já que 21% dos alunos são de outros países , assim como 30% dos professores. A meta é e chegar a dois mil alunos em todo o mundo até o ano de 2012.A Escola de Estudos Universitários Real Madri tem como base os cursos de gestão e comunicação , atividades físicas e saúde, envolvendo medicina desportiva, educação física, jornalismo esportivo e gestão de entidades esportivas. A reunião de trabalho em Madri contou ainda com a presença dos deputados estaduais Valmir Comin e Elizeu Mattos, além do diretor acadêmico da escola Álvaro Merino, que deve visitar o estado até o final do ano para encaminhar a parceria. Investimentos Empresariais - Ainda nesta segunda-feira (14), em Madri, Leonel Pavan e o secretário especial de Articulação Internacional Vinícius Lummertz, participaram de uma reunião almoço com a diretoria da Câmara de Comércio Brasil Espanha para discutir novos investimentos em Santa Catarina. A missão oficial encerra na terça-feira (15), depois de uma reunião com a representação da Regional das Américas da Organização Mundial de Turismo e com o embaixador brasileiro em Madri, Paulo César de Oliveira Campos.
Carlos Mello

domingo, 13 de setembro de 2009

ESPANHA: OBRAS SEM DOGMATISMO

Comitiva empresarial catarinense que visita a região autônoma da Galicia , Espanha, coordenada pelo vice-governador Leonel Pavan e pelo secretário de Articulação Internacional Vinicius Lummertz Silva constatou na cidade de Pontevedra a praticidade e dinâmica das obras municipais em parceria com a iniciativa privada conciliando modernidade e mobilidade urbana com preservação histórica e ambiental. O prefeito Miguel Lopez mostrou a quinta obra de construção de estacionamentos subterrâneos, cada uma com capacidade media para 400 vagas, feitas por meio de concessão a uma empresa, por 50 anos , e com investimentos de 7 milhões de Euros. Depois de concluído o estacionamento ( foto ), em área histórica , o local é reurbanizado e uma nova praça é construída por cima. As obras não levam mais do que sete meses. “ No Brasil e em Santa Catarina , este prazo é o mínimo só para encaminhamento das licenças ambientais”, observou o presidente do Sinduscon da Grande Florianpolis e da Câmara da Construção da Fiesc , Hélio Bairros, que também integra a comitiva.
Leonel Pavan tem interesse em difundir a prática no estado, principalmente em Balneário Camboriú e Fpolis , que tem pouco espaço para mobilidade urbana.

Carlos Mello Pontevedra- Galicia - Espanha.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Busca de novos investimentos e parcerias na Espanha

Florianópolis (3/9/2009) - O vice-governador Leonel Pavan participará de missão oficial à região autônoma da Galícia, no norte da Espanha, e na capital Madri, na próxima semana, de 7 a 14 de setembro. "O objetivo da viagem é aumentar a presença de investimentos espanhóis em Santa Catarina e ampliar a cooperação internacional entre os países”, afirma Pavan. Acompanharão o vice-governador na viagem o secretário especial de Articulação Internacional, Vinícius Lummertz, e uma comitiva de empresários da Câmara da Construção Civil do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e do Sinduscon da Grande Florianópolis.

Na região da Galícia, a missão catarinense participará de um seminário de cooperação que envolverá o setor da Construção, Pesqueiro, Agropecuário e Cultural, nas cidades de Vigo, Pontevedra e La Coruña, quando deverão ser firmados protocolos para intercâmbio de cooperação na área da Cultura, Econômia, Pesca e Construção Civil. "Nosso estado já mantem um acordo de cooperação técnica com o governo da Galícia para melhoria do cadeia produtiva da carne bovina, com introdução de material genético da raça Rubia Galega", informa o vice-governador.

O grupo empresarial, ligado à Fiesc e ao Sinduscon, irá negociar parcerias empresariais com os espanhóis. Na pauta, estão contatos com prestadoras de serviço para a indústria da Construção na Galícia interessadas no mercado brasileiro, e a troca de informações sobre os métodos de construção utilizados na Espanha.

“O governo tem interesse em acompanhar os contatos empresariais, pois assim como na área da Tecnologia, a Espanha tem uma grande capacidade de investimentos na área da Construção Civil. Um exemplo disso é o maior projeto de turismo no Brasil, que está sendo licenciado em Santa Catarina: a Quinta dos Ganchos, no município de Governador Celso Ramos”, observa o secretário especial de Articulação Internacional, Vinícius Lummertz.

Em Madri, o vice-governador Leonel Pavan e a comitiva catarinense terão encontro com o embaixador do Brasil na Espanha, Paulo César de Oliveira, e uma reunião de trabalho na Escola de Estudos Universitários do Real Madri. O objetivo é negociar a vinda de uma extensão da escola em Santa Catarina, a exemplo do que já acontece com a Escola Nacional de Administração (ENA), da França. A comitiva também será acompanhada pelos deputados Elizeu Mattos e Valmir Comin.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

PAVAN VIAJA À ESPANHA DIA 7 DE SETEMBRO

No dia do seu aniversário, 7 de setembro, Dia da Pátria , o vice-governador Leonel Pavan embarca em nova missão oficial a Europa. Acompanhado do secretário especial de Articulação Internacional, Vinicius Lummertz Silva e do presidente do Sinduscon/SC Grande Florianópolis, Hélio Bairros, visita a região da Galícia, Norte da Espanha. A comitiva participa do Seminário de Cooperação da região da Galícia com Santa Catarina, quando deverão ser firmados protocolos para intercâmbio no setor agropecuário, cultural e da construção civil, principal atividade econômica espanhola em que já usa alta tecnologia.

Na região de La Coruna, também haverá reunião com o grupo empresarial espanhol Calvo para discutir novos investimentos em Santa Catarina. A empresa já controla a grande indústria de pescados Gomes da Costa, na região de Itajaí. O deputado estadual, líder da bancada do governo na Assembléia, Eliseu Mattos também deverá integrar a comitiva.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Parque Unipraias

Eu era prefeito de Balneário Camboriú na época da inauguração do Parque, em 1999. Fui um dos incentivadores do projeto, sempre trabalhando para transformar a cidade em um dos principais pólos turísticos do estado e do País.

Localizado na praia de Balneário Camboriú, o complexo turístico busca inovar sempre trazendo novas atrações para atender seus visitantes. Liga duas praias, Central e Laranjeiras, através de 47 bondinhos. Ocupando uma área de 202.000 m2 em meio à Mata Atlântica, sendo 132.00 m2 de preservação ambiental, suas atrações incluem parque ambiental, parque de aventuras e o trenó de montanha Youhooo!.

Em dez anos, o Unipraias recebeu mais de quatro milhões de visitantes.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Construção garante melhor mês de emprego

O mercado de trabalho formal do País recuperou o fôlego em julho, com a abertura de 138,4 mil novos empregos. Foi o melhor saldo líquido mensal entre contratações e demissões este ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem. As contratações na indústria chegaram a 17,3 mil, mas, no ano, as demissões ainda superam as admissões. O total de vagas abertas em julho elevou em 0,43% o estoque de empregos formais, para 32,4 milhões. De janeiro a julho, somam 437,9 mil as vagas criadas, o que representa um acréscimo de 1,37% ante o estoque de empregos existente em dezembro de 2008.O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou que o desempenho de julho "consolida o processo de recuperação" do mercado formal, pois o saldo do mês ficou próximo da média de 140 mil vagas criadas nos meses de julho dos anos de 2003 a 2008. "O Brasil já está vendo a crise pelo retrovisor", disse Lupi. O resultado de julho mostrou que o mercado de trabalho retomou a tendência de alta perdida em junho, ante maio. No entanto, a abertura de 138,4 mil vagas é quase 32% menor que as 203,2 mil ocupações criadas em julho do ano passado. Para agosto, o ministro aposta num saldo melhor que o de julho. "Teremos um agosto de bom gosto", brincou, sem prever números. Lupi mantém a previsão de geração de pelo menos 1 milhão de empregos formais em 2009.CONSTRUÇÃO CIVILEmbaladas pelas obras públicas e pela expansão do mercado imobiliário, as empresas da construção foram as que mais contrataram em julho. O saldo líquido de empregos formais no setor foi de 32,1 mil, o segundo melhor resultado da série histórica do Caged para meses de julho. O recorde ainda é julho de 2008, quando foram criados 35 mil empregos formais. Com os 17,3 mil postos de trabalho abertos em julho, a indústria de transformação, responsável por cerca de um terço das vagas com carteira assinada do País, voltou a apresentar número significativo de empregos. No mês anterior, o setor havia criado apenas 2 mil vagas.Com o agravamento da crise mundial, no fim do ano passado, o setor industrial demitiu cerca de 500 mil pessoas. A recuperação tem sido lenta porque, de janeiro a julho, as demissões ainda superam as contratações em 127,1 mil.Lupi avaliou que o crescimento no setor é consistente. "A indústria saiu da crise e deve se recuperar ainda mais", comentou. Normalmente, é entre os meses de julho e setembro que as indústrias aceleram a produção e contratam empregados temporários para abastecer o comércio para as vendas de fim de ano. O setor de serviços abriu 27,6 mil novas vagas em julho e acumula 263 mil novos postos no ano. Já o comércio, gerou no mês passado 27,3 mil novos empregos e reduziu o saldo negativo do ano para 5,6 mil. Todas as regiões do País tiveram bom desempenho na criação de empregos em julho, com destaque para São Paulo (52,8 mil), Bahia (9,7 mil), Rio de Janeiro (9,6 mil) e Ceará (9,5 mil). As novas contratações nesses Estados foram mais fortes no comércio, nos serviços e na agropecuária. O Caged revelou ainda que, em julho, ante junho, houve aumento real de 1,49% no valor do salário médio de admissão, que passou de R$ 752,96 para R$ 764,14. Os maiores ganhos ocorreram na área de ensino e na indústria da borracha. Por região,os maiores aumentos ocorreram no Distrito Federal, na Bahia e em Minas Gerais.

O ESTADO DE SÃO PAULO
Isabel Sobral, BRASÍLIA
19.08.2009

domingo, 16 de agosto de 2009

PAULO GALLOTTI

A arvore se conhece pelos frutos. Ao ter a honra de homenagear o Ministro Paulo Gallotti, sou obrigado a lembrar de seu pai, Professor José do Patrocínio Gallotti, um expoente na defesa das causas da nacionalidade em Santa Catarina.

José do Patrocínio Gallotti, pai do nosso homenageado, foi professor da UFSC desde os seus primórdios, promotor, juiz de direito e desembargador em vários municípios do nosso Estado. Apesar de nunca ter se filiado a partidos políticos, sempre atuou em movimentos sociais. Essa militância lhe rendeu 40 dias de prisão durante o golpe militar.

Esses são Senhoras e Senhores, os genes de nosso homenageado e que mostram, na firmeza de caráter sua característica mais nobre.

Caro Ministro Paulo Gallotti, sua carreira ao longo desses 38 anos de militância jurídica, coincidiu com as transformações ocorridas no país, que saiu do autoritarismo e consolidou o estado de direito.

Creio que nesse período, muitas experiências foram vividas no contato com as agruras humanas, no convívio direto com os excluídos.
Julgar certamente é uma das mais difíceis tarefas, mas não para quem soma a dimensão humana ao conhecimento jurídico. São muitos os sacrifícios que envolvem a atividade judicante. O magistrado lida com a dor e os conflitos humanos, com expectativas e anseios.

Admirável sua capacidade de superar adversidades do setor que em sua carreira foram muitas, algumas bem visíveis, como o acumulo de processos, a falta de infra-estrutura e, principalmente, um sistema penitenciário em crise.

Senhoras e Senhores muito justa, pois, a homenagem da sociedade catarinense com a entrega da Comenda, a maior do nosso estado, que significativamente leva o nome de ANITA GARIBALDI, símbolo na luta pelas liberdades civis.

Que as homenagens aqui prestadas revigorem o seu ideal de amar e servir a todas as justas e boas causas da sociedade.
13.08.2009
LEONEL PAVAN

sábado, 15 de agosto de 2009

DEMOCRACIA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

O governo catarinense busca o progresso focado no cidadão. Nosso principal compromisso é com a descentralização administrativa, passo fundamental para a municipalização. Isto, entretanto, não seria possível sem o uso das tecnologias da informação e comunicação - o caminho do Governo Eletrônico. Nessa primeira década do século XXI o cidadão brasileiro aspira cada vez mais influenciar as ações de seus governantes. O cidadão, misto de contribuinte, consumidor e eleitor, paga alto preço social para manter a democracia, e faz questão de participar diretamente do processo decisório. Nesse contexto, uma pergunta é fundamental. Estamos nós, governo, aptos para construir serviços e soluções de melhor qualidade para atender o conectado cidadão deste século desafiador? Creio que o Governo Eletrônico é a alternativa mais viável para atender as novas demandas da cidadania. Trata-se de algo extremamente necessário, pois representa a verdadeira democratização dos canais de conexão entre o cidadão e o Estado. Importante ressalvar, que os poderes públicos e seus agentes precisam definir padrões e procedimentos de Governo Eletrônico e, depois disso, respeitar suas próprias definições, o que convenhamos não é algo fácil, pois necessário se faz romper com os velhos hábitos e padrões burocráticos. Em Santa Catarina , nos orgulha dizer, que padrões de Governo Eletrônico já se encontram implantados em diversos serviços ( incluindo o primeiro blog de governo eletrônico do Brasil ) e avançando gradativamente até atingir a administração estadual como um todo e a população catarinense, a partir do ano que vem. Trabalhamos com e-gov na Segurança Pública. Hoje somos o único estado da federação com 100% das delegacias de polícia trabalhando com Boletim de Ocorrência On Line. A Investigação policial está informatizada e integrada com os dados de todos os setores de segurança. Na Saúde não é diferente. Um ágil sistema de marcação de consultas efetivou em 2006 mais de 1 milhão e 800 mil atendimentos. Através de técnicas de Telemedicina, Santa Catarina esta se integrando ao que existe de mais moderno em conhecimento de saúde. O Governo Eletrônico também já esta presente na Educação com uma cobertura de 100% das escolas públicas estaduais informatizadas e um sistema de registro e informação escolar que atende mais de 800 mil alunos em todo o Estado. O mesmo ocorre na administração estadual. Toda a gestão fiscal e financeira, de forma integrada e descentralizada permeia todos os órgãos do estado por intermédio de um moderno sistema recém desenvolvido integrando contribuintes, contadores e o fisco. Um inteligente sistema de recursos humanos esta sendo desenvolvido para substituir o atual, o que dará maior competência para planejar, implementar, controlar e apoiar as práticas derivadas das políticas para o capital intelectual representado pelos servidores públicos estaduais.A tecnologia da Informação é um instrumento fundamental da democracia, pois permite que o cidadão acompanhe todos os atos de governo e exercite diretamente seus direitos. Parafraseando conhecida publicidade, pode-se dizer que não basta votar, para exercer a cidadania tem que se acompanhar, julgar e participar. Governo Eletrônico é tudo isso.
21.08.2007
LEONEL PAVAN

AS ELEIÇÕES, A MILITÃNCIA E OS DESAFIOS DO PSDB

No momento em que o PSDB inaugura e já atende em sua nova sede estadual, é oportuno lembrar um paradigma de nossos tempos: pensar global e agir local. Em outros termos, isso significa dizer que o fortalecimento do nosso partido depende do entendimento que se tem do programa da social democracia brasileira, de suas metas sociais, econômicas, políticas e, principalmente, de como ajustar esse ideário à realidade de cada um dos 293 municípios catarinenses.
Nesse sentido, os pleitos municipais são de importância essencial para nossa vida partidária, principalmente quando se considera que no Brasil a cada dois anos temos eleições, de tal forma que existe um forte vínculo entre o voto municipal e a eleição estadual e federal.
Um fato político, muitas vezes despercebido, deve ser lembrado e grifado: os prefeitos e os vereadores são o alicerce do sistema político brasileiro e da própria Democracia. Na estrutura político-administrativa, o poder municipal é de fato o mais próximo do cidadão. Parece óbvio destacar isso, mas é importante que se perceba que os grandes dilemas nacionais passam em primeiro lugar pelas ruas, praças, escolas, hospitais, etc, de cada uma de nossas cidades catarinenses. Aí, está o mundo real, à espera de respostas concretas.
O grande desafio do PSDB Catarinense para 2008 é o de transformar programa em ação, conquistando o maior número possível de municípios, elegendo prefeitos e vereadores comprometidos com os preceitos da social democracia, que de fato melhorem, as condições de vida das pessoas, em suas cidades e que sejam o sustentáculo político para as mudanças no Estado e no País.
Assim, considero como prioritário formar e ampliar nossos quadros, criando uma militância ativa, pois consciente das propostas da social democracia, dos problemas reais de suas cidades e portanto capaz a ser uma opção transformadora para o Município, o Estado e o País.
Nesse sentido, é bom destacar, que o PSDB tem orgulho de sua História e não se confunde com os que fazem da Democracia um meio e não um fim.
O valor da militância tucana está, exatamente, na compreensão de que não é "farinha do mesmo saco" e que compreende que o poder democrático exercido com competência fortalece o estado de direito.
Por outro lado, necessário se faz entender que vários são os desafios brasileiros, mas que nenhum se compara à educação, pois apenas através dessa é que se constrói o presente e se conquista o futuro. No Brasil, em Santa Catarina e em cada um dos nossos municípios esse é o principal compromisso da Social Democracia.
Mas, a construção do futuro depende do orgulho do passado e do que fizermos no presente pelo nosso município, por Santa Catarina, pelo Brasil e pelo PSDB.
12.02.2008
LEONEL PAVAN