A arvore se conhece pelos frutos. Ao ter a honra de homenagear o Ministro Paulo Gallotti, sou obrigado a lembrar de seu pai, Professor José do Patrocínio Gallotti, um expoente na defesa das causas da nacionalidade em Santa Catarina.
José do Patrocínio Gallotti, pai do nosso homenageado, foi professor da UFSC desde os seus primórdios, promotor, juiz de direito e desembargador em vários municípios do nosso Estado. Apesar de nunca ter se filiado a partidos políticos, sempre atuou em movimentos sociais. Essa militância lhe rendeu 40 dias de prisão durante o golpe militar.
Esses são Senhoras e Senhores, os genes de nosso homenageado e que mostram, na firmeza de caráter sua característica mais nobre.
Caro Ministro Paulo Gallotti, sua carreira ao longo desses 38 anos de militância jurídica, coincidiu com as transformações ocorridas no país, que saiu do autoritarismo e consolidou o estado de direito.
Creio que nesse período, muitas experiências foram vividas no contato com as agruras humanas, no convívio direto com os excluídos.
Julgar certamente é uma das mais difíceis tarefas, mas não para quem soma a dimensão humana ao conhecimento jurídico. São muitos os sacrifícios que envolvem a atividade judicante. O magistrado lida com a dor e os conflitos humanos, com expectativas e anseios.
Admirável sua capacidade de superar adversidades do setor que em sua carreira foram muitas, algumas bem visíveis, como o acumulo de processos, a falta de infra-estrutura e, principalmente, um sistema penitenciário em crise.
Senhoras e Senhores muito justa, pois, a homenagem da sociedade catarinense com a entrega da Comenda, a maior do nosso estado, que significativamente leva o nome de ANITA GARIBALDI, símbolo na luta pelas liberdades civis.
Que as homenagens aqui prestadas revigorem o seu ideal de amar e servir a todas as justas e boas causas da sociedade.
13.08.2009
LEONEL PAVAN